Corvo Negro




Corvo Negro

Um dia o corvo agourento das noites
Fez, sobre mim, um voo rasante;
Ao mal dos poetas quase dei a mão
Mas a sorte deu-me um vazante


Corvo negro de asas horríveis
Essa noite não, passe de mim essa tua sorte;
Todos sabem muito bem que Deus é bom
E não selou ainda a hora da minha morte


Quando chegar a hora, corvo negro agourento,
Venha jovial e cortês, como a dama da noite,
Perfumada e ornada, preparada pr’o prazer.


Mas não venha como um mito, numa noite sem alento
A erguer sobre meu pescoço a tua foice
Se assim for, açor cruento, vou te reconhecer...

Por: Paulo Siuves 


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